domingo, 2 de junho de 2013

Estádio das operações concretas (7 - 12 anos)



Segundo esta perspectiva de Jean Piaget, ele identifica quatro estádios de desenvolvimento e um conjunto de processos através dos quais a criança progride de um estádio a outro. Vamos centra-nos no terceiro estádio: o das operações concretas. Para Piaget é neste estádio que se reorganiza verdadeiramente o pensamento. É a partir deste estádio (operações concretas) que começam a ver o mundo com mais realismo, deixam de confundir o real com a fantasia. É neste estádio que a criança adquire a capacidade de realizar operações. Podemos definir operação como a acção interiorizada - realizada no pensamento, componível - composta por várias acções ; reversível - pode voltar ao ponto de partida. A criança já consegue realizar operações, no entanto, precisa de realidade concreta para realizar as mesmas, ou seja, tem que ter a noção da realidade concreta para que seja possível à criança efectuar as operações.

4ª idade: Erik Erikson

Para finalizar, vamos abordar mais um grande psicólogo: Erik Erikson.



Erikson apresenta uma teoria de desenvolvimento, cujos pressupostos são os seguintes:
 a energia que orienta o desenvolvimento é essencialmente de natureza
psicossocial, havendo portanto uma valorização interacção entre a personalidade
em transformação e o meio social;
 o desenvolvimento é um processo contínuo que se inicia com o nascimento e se
prolonga até ao final da         vida;

 a personalidade constrói-se à medida que a pessoa progride por estádios
psicossociais que, no seu conjunto, constituem o ciclo da vida;
 em cada estádio manifesta-se uma crise que é vivida em função de aspectos biológicos, individuais e sociais. A crise consiste num conflito ou dilema que deve ser resolvido, sendo que existe uma solução positiva e negativa para cada um
deles;

Prediz que o crescimento psicológico ocorre através de estádios e fases, não ocorre ao acaso e depende da interacção da pessoa com o meio que a rodeia.

Assim, o 4º estádio – indústria/inferioridade – decorre na idade escolar, antes da adolescência (6 - 12 anos). Erikson utiliza a palavra indústria no sentido de produtividade, de desenvolvimento, de competência. A partir de estudos antropológicos, conclui que, nesta fase, em várias culturas, se fazem importantes aprendizagens sociais (intrusão sistemática).

A criança franqueia o universo da escola, onde se espera que faça grandes aprendizagens, a nível académico e social. Sonha com o sucesso, desenvolvendo esquemas cognitivos para se tornar excelente nas tarefas
desempenhadas. Percebe-se então como pessoa trabalhadora, capaz de produzir, sente-se competente. Neste estádio, a resolução positiva dos anteriores tem especial relevância: sem confiança, autonomia e iniciativa,
a criança não poderá afirmar-se nem sentir-se capaz.

Quando as crianças se sentem menos capazes do que os seus pares, sentem-se inferiores. No entanto, se se sentirem bem sucedidas e acreditarem nas suas capacidades e no seu valor pessoal, empenham-se comprazer no trabalho, desenvolvendo a indústria. O versus negativo é o sentimento de inferioridade e de inadequação que lhe advém de não se sentir segura nas suas capacidades ou de não se sentir reconhecida nem segura no seu papel no grupo social a que pertence. 

sentimento de inferioridade pode levar a bloqueios cognitivos, descrença quanto às suas capacidades e a atitudes regressivas: a criança deverá conseguir sentir-se integrada na escola, uma vez que este é um momento de novos relacionamentos interpessoais importantes. A escola tem por função ensinar o “padrão de acção da sua sociedade”.

É uma fase de grande actividade que a diferencia da latência descrita por Freud.
Questão chave: Serei competente ou incompetente?

As virtudes básicas que resultam desta crise são a competência/ capacidade e o método.

Características psicológicas da criança com 4 anos de idade

É a idade do “como” e do “porquê”. Pergunta tudo e interessa-se por tudo e está sempre atenta ao que a rodeia, capta todas as coisas através da observação, mas esta não é educada nem concentrada, antes pelo contrário, é activa. Por outro lado é egocêntrica, tenta que gire tudo à sua volta; para o conseguir, chama continuamente a atenção dos outros sobre si própria. É lenta em aprender a aceitar as críticas. Inconsistente nas suas actividades, devido à sua grande energia e expansividade. Não delibera antes de agir nem organiza as suas conversas; actua e fala sem pensar. Faz continuamente perguntas sem sentido. Tem medo da escuridão e dos ruídos. Em contexto escolar não é sensível às coisas inacabadas, por isso não se importa de deixar qualquer actividade por outra mais interessante. Está capacitada para actividades que impliquem ritmo, movimento, etc. desenha e pinta. Nestas idades um bom educador é aquele que usa a grande energia e a própria iniciativa das crianças orientando jogos livres.É aquele que dá motivações interessantes para que realize coisas e que o ajuda a observar as coisas que a rodeiam. Um bom educador tem de ter carisma, bom humor, muita paciência,nunca adoptando medidas extremas: "O desenvolvimento da personalidade realiza-se melhor por meios indirectos do que pela força. É preciso ter isto sempre presente e, de modo especial, nesta idade cronológica e evolutiva."


Características psicológicas da criança com 5 anos de idade

Nesta fase a criança gosta de rotina, gosta de fazer sempre o mesmo. Por outro lado é mais deliberativa que a criança de 4 anos, pensa antes de falar. Gosta de assumir responsabilidades, gosta de observar e de imitar os outros. Assim, gosta de agradar ao adulto e fazer as coisas bem, mas à sua maneira. Começa a distinguir a realidade da fantasia e às vezes sabe que está enganada. Revela ainda interesse por experiências imediatas, é realista, empreende aquilo que está dentro das suas possibilidades. 
No âmbito escolar, apresenta maior estabilidade e concentração nas aulas (princípio do ensino formal), usa a imaginação para pintar, criar, etc.; quando se lhe dão os meios necessários, sabe trabalhar individualmente. É capaz de participar em actividades dirigidas como a leitura, a escrita e os números (cálculo). Ainda gosta de explicar o seu próprio trabalho para receber a aprovação dos adultos que estima.
Aqui estão algumas das características psicológicas de crianças com 5 anos e podem observar as diferenças e as evoluções dos 4 para os 5 anos de idade.


Características psicológicas de crianças com 6 e 7 anos

Aqui nesta fase surge o egocentrismo: "É o centro do seu próprio universo.";  Sabe tudo e quer tudo, quer fazer tudo à sua maneira.  É dominadora, obstinada e agressiva, emocionalmente é excitável e desafiadora, ansiando o elogio e a aprovação: assim, possui dificuldade para decidir,  e vacila entre duas possibilidades. Adora o elogio e não tolera a crítica. Possui também  um débil sentido da propriedade alheia, de modo que pega no que vê e deseja, independentemente de quem seja o proprietário, gosta de possuir grande numero de coisas mas não as cuida, demonstra irresponsabilidade. Nesta fase também, a criança capta mais coisas do que o que na realidade pode manejar, muito atenta, também, toca, mexe e explora todos os materiais.

No âmbito escolar,  gosta do professor e quer agradar-lhe, quer o seu elogio, a sua atenção e ajuda. Instintivamente, identifica-se com tudo o que sucede e está à sua volta, pelo que está capacitada para interiorizar novos conhecimentos e novas experiências pessoais e culturais.  Os seus desenhos espontâneos são mais realistas, capta o simples e o primitivo da natureza. Já com 7 anos, é mais consciente de si própria e está mais absorvida em si mesma. Aparenta viver “noutro mundo”. Parece não ouvir o que se lhe manda. Está a tomar-se introvertida.

Alimentação Saudável dos 6 aos 12 anos: Considerações nutricionais e alimentos adequados

Considerações Nutricionais

A partir dos seis de idade o crescimento das crianças é menor, contudo, a alta exigência nutricional e o apetite reduzido mantêm-se. é então crucial que todas as refeições ou snacks vão de encontro a uma alimentação saudável e ricos do ponto de vista nutricional.
A diminuição da actividade física e o aumento da obesidade são grandes preocupações. A relação entre a alimentação e uma vida saudável é largamente conhecida, e o comportamento das crianças desde cedo define os padrões que na adolescência e idade adulta irão seguir. Temas de particular importância são:

Energia
Para um crescimento saudável, uma criança precisa de muita energia, a qual deve ser fornecida por uma alimentação saudável. Ao longo dos anos, o consumo energético tem vindo a diminuir nas crianças, com os níveis de actividade física a também baixarem. Apesar de esta relação não ser por si só um problema directo, existem cada vez mais crianças com excesso de peso e problemas de obesidade infantil.
Certifique-se que a sua criança é tão activa quanto possível e que recebe quantidades suficientes de energia através da alimentação. Refeições e sancks frequentes baseados nos principais grupos nutricionais são muito importantes.
Se a criança está a ganhar muito peso, não se preocupe em demasia nem entre em pânico, e concentre-se antes em fomentar a actividade física (jogos de futebol, bicicleta, passeios com o cão, natação, etc). Mesmo se uma criança tiver excesso de peso, continua a precisar de uma alimentação saudável e bons nutrientes para o seu crescimento e desenvolvimento, por isso, não reduza drasticamente a alimentação.

Ferro
O ferro é um mineral que ajuda a manter os glóbulos vermelhos saudáveis. Ferro insuficiente pode conduzir a anemias, um problema particularmente comum em jovens raparigas. Podemos encontrar boas fontes de ferro na carne vermelha, fígado, clara de ovo, cereais fortificados, feijão e outros legumes. Para ajudar a absorver melhor o ferro, combine com alimentos ricos em vitamina C.

Cálcio
O cálcio é fundamental para um bom desenvolvimento ósseo. Boas fontes de cálcio são todos os produtos lácteos, legumes de cor verde, cereais e tofu.

Folatos
O folato adquire especial importância no crescimento, mas a ingestão desta vitamina parece ser bastante reduzida em algumas crianças, especialmente aquelas que não têm o hábito de tomar um bom pequeno-almoço, já que os cereais fortificados são excelentes fontes deste tipo de vitamina.


Alimentos Adequados
Refeições regulares são muito importantes, tal como a variedade da alimentação. Hambúrgueres e batatas fritas, se ocasionais, não apresentam um problema, mas não dê este tipo de alimentação frequentemente à sua criança só porque é o que ela mais gosta. Assegure a alimentação saudável da sua criança, baseando-a noutros grupos de alimentos.

Alimentação Saudável dos 6 aos 12 anos: na escola

Refeições escolares

Na escola, incentive a sua criança a:
● Escolher sempre uma proteína. Pode ser carne, peixe, ovos ou queijo, mas diga-lhe para evitar comer sempre salsichas, massas ou hambúrgueres todos os dias, já que estes alimentos têm uma lata concentração de gordura.
● Escolher pelo menos um tipo de amiláceo - pão, batatas, arroz ou massa
● Comer pelo menos uma dose de legumes - crus, cozinhados ou em saladas
● Comer uma peça de fruta - fresca ou em forma de sumo


Ideias para refeições a levar para a escola

Muitas crianças levam as sua refeições já preparadas de casa.  Existem muitos tipos de pão disponíveis no mercado, que podem enriquecer as sanduíches da criança. Experimente pão pita, chapata ou pãos doces, com um deste recheios saudáveis:
● Galinha com molho light e salada
● Queijo e pickles
● Bacon, alface e tomate
● Atum e tomate
● Salmão e pepino
Outros alimentos a incluir na refeição da criança são peças de fruta, queijo, iogurtes ou batidos, legumes crus (tomate e cenouras), saladas variadas, frutos secos, sumos de fruta e sopa. Pode adicionar, ocasionalmente, um doce à refeição da criança que substitua a fruta, como um chocolate ou uma fatia de bolo.

Snacks saudáveis

● Pequeno-almoço de cereais e leite
● Muesli com iogurte
● Sumos de fruta naturais
● Fruta fresca
● Iogurte "light"
● Frutos secos
● Leite

Alimentação nas crianças dos 5 aos 12 anos


● Nutrientes fundamentais nestas idades incluem ferro, cálcio, vitamina C e folato
● As crianças entre os 5 e os 12 anos devem ter refeições e snacks regulares que incluam todos os grupos alimentares
● Encoraje a sua criança a comer um snack saudável e equilibrado em vez de doces e refrigerantes doces
● As refeições escolares são uma parte importante da ingestão nutricional da criança. Assegure-se que ela escolhe os alimentos certos na escola ou prepare uma refeição saudável em casa para levar.
● Encoraje a sua criança a ser activa e complemente com uma alimentação saudável. Esta combinação vai fornecer à sua criança os pilares para uma boa saúde, a curto prazo e no futuro.

8 ANOS


Características psicológicas

A criança com 8 anos possui um grande ansia de crescer e manifesta interesse pela sua anatomia interna. A sua personalidade é mais expressiva e os seus gestos são mais pessoais. Sente-se consciente de si mesma como pessoa, reconhece algumas das diferenças em relação aos outros e expõe-nas. Pensa muitas vezes em “si mesma”. Costuma sentir-se centro de qualquer cena e dramatizar-se. Quer que o adulto seja parte do seu mundo, pelo que apresenta exigências e quer que se actue de acordo com as formas que ela determina. Procura viver, no entanto, segundo as normas dos demais. Sente-se mais identificada com a família e necessita dela, porque esta exerce sobre ela uma influência preponderante. É sensível aos desacordos e antagonismos entre os membros familiares, necessitando por isso que as relações recíprocas com as outras pessoas se encontrem em equilíbrio.




9 ANOS


Características psicológicas

 Aos nove anos a criança muda para melhor. Diminui a tensão anterior e o seu comportamento é mais acessível e responsável. É activa, com numerosos interesses como trabalho escolar, ter êxito em qualquer tarefa. Está também atarefada com as suas preocupações e planeia com pormenor o seu futuro. É muito sensível e os problemas afectam-na, especialmente os que provêm da amizade, preocupando-se às vezes vários dias. Vai-se afirmando na sua personalidade e individualidade, o que as torna diferentes umas das outras. O seu mundo imaginário é mais real que o verdadeiro. É a idade dos tesouros pessoais, muito cuidados e muito próprios, e das colecções , embora não sejam organizadas. Emocionalmente, sente necessidade de pedir perdão. Aos 9 anos, no entanto, possuem um grande sentido da rectidão e da justiça, e querem que a culpa se distribua equitativamente. Sente inclinação para entrar em conflito com os outros. Procura desculpas para justificar a sua atitude. É necessário aceitar a criança tal como é, em cada momento do seu desenvolvimento, para ajudá-la a formar a sua personalidade. Deve-se conservar um clima de confiança fácil e mútua entre pais e filhos, que lhe dê segurança e equilíbrio. Precisa de ajuda nas suas relações pessoais. A mãe continua a desempenhar um papel muito importante na sua vida, embora o pai receba uma dose cada vez maior de afecto, se responder à criança de modo a adaptar-se a ela. As tarefas que vinha a realizar até esta idade interessam-lhe menos, daí a conveniência de lhe dar novas responsabilidades de maior categoria. Sabe trabalhar com maior independência, mas precisa que lhe repitam as coisas com bastante frequência. As recompensas são muito úteis nesta idade. Convém fazer-lhes ver o valor da recompensa, não só a do tipo monetário (uma vez que há outros recursos para ajudar a criança, sem que estes sejam fim em si mesmos). Convém ter certas restrições quando realizam actividades, especialmente lúdicas, pois a sua propensão é para entrar em demanda com frequência. Às vezes basta um olhar para corrigir a sua actuação, mas trabalha melhor com estímulos e motivações. Convém ajudá-la ainda a organizar os seus tempos livres. Ler com elas é importante, porque nesta idade sentem mais satisfação a ouvir uma leitura do que lendo ela mesmas, mas convém estimulá-las pelo gosto à leitura própria desta idade. Na sua vida escolar convém estimular o interesse que tem por tudo o que se relaciona com a escola e até dar-lhe responsabilidades concretas. A organização de excursões, visitas culturais, etc., têm duplo objectivo: por um lado, sentido pedagógico, e por outro, ocasião para uma relação pessoal.

Características psicológicas da criança dos 10 aos 12 anos

10 ANOS


Características psicológicas

É a idade do grande equilíbrio na sua evolução, embora seja uma etapa de transição. Mostra-se feliz, simpática, tranquila, amável, sincera, amigável.. Às vezes manifesta ataques de ira, mas encontra sempre um modo de desafogar a irritação (são momentos breves e superficiais). O equilíbrio que manifesta, encontra-se livre de tensões e inclinado para uma fácil reciprocidade. Mostra-se independente e directa e possui grandes desejos de agradar aos outros. Compreendem muito bem o próprio comportamento. Observa-se, nesta fase, uma maior amplitude de gostos e interesses, que manifestam em todo o seu âmbito pessoal, familiar e social. Têm grande capacidade de protecção, projectada especialmente em crianças mais pequenas, animais, etc.


 Âmbito escolar

A criança de 10 anos possui um grande poder de assimilação, gosta de memorizar, identificar ou reconhecer os factos, fazer classificações, etc.; no entanto custa-lhe mais conceptualizar ou generalizar. Tem períodos de atenção curtos e intermitentes, daí que goste mais de falar, contemplar, ler e escutar, do que de trabalhar. Sente pouca inclinação para o trabalho. Pode propor-se muitas tarefas e tem grande prazer na actividade física: correr, trepar, saltar… Costumam arranjar desculpas para não ir à escola quando algo lhes corre mal ou quando recebem alguma reprimenda ou censura, mas sentem carinho pelos professores. Manifestam períodos de concentração, alternando com outros de jogos esgotantes.




11 ANOS

Características psicológicas

Mostra-nos aos 11 anos mais um passo no seu desenvolvimento: é mais inquieta e faladora. Mostra maior actividade e prefere a companhia de outros, recusando a solidão. Gosta de discutir, mas não deixa que discutam com ela. Possui uma maneira de pensar mais concreta e específica. Parece embarcada numa procura activa do “eu” e encontra-o em conflito com o dos outros. Tem um grande sentido de justiça e horror à fraude. Impulsiva, embora lhe falte perspectiva. Super crítica, tanto em relação a si, como aos outros, mas não sabe aceitar as críticas dos outros.


Âmbito escolar

Aos 11 anos gastam as energias procurando o modo de eludir as tarefas. Agrada-lhes a possibilidade de escolha e, oferecendo-lhe várias coisas para que seja ela mesma a escolher, leva a cabo diligentemente o trabalho. O professor é o factor independente mais importante na vida escolar de uma criança de 11 anos, no entanto prefere os professores exigentes e que tenham sentido de humor. Um professor paciente, justo e simpático, não demasiado exigente, compreensivo, capaz de “tornar interessantes as coisas”, e inimigo de gritar, são qualidades que atraem uma criança nesta idade. Agradam-lhe muito os desportos e jogos ao ar livre. Os dados que melhor apreende, são os que se ensinam sob a forma de contos, em que uma acção leva inevitavelmente a novas acções.



12 ANOS


Características psicológicas

 Denota maior equilíbrio, aceita os outros; vê-os, e também a si próprio, com mais objectividade, mas flutua de actividades infantis a outras mais maduras. Possui um maior controlo de si própria. e é capaz de inibir os seus temores, com novos rasgos de humor e tendendo a mostrar-se extrovertida, exuberante e entusiasta. Encontra-se nas primeiras etapas da adolescência. Mostra-se menos insistente, mais razoável, mais companheira dos seus, mais altruísta. Não gosta que o considerem uma criança, tem um grande desejo de crescer. Denota um grande avanço no seu pensamento conceptual quanto à preocupação pelo valor de termos como justiça, lei, vida, lealdade, delito, etc. Possui um autêntico sentido do que é lógico. O seu rasgo dominante é o entusiasmo expansivo e a capacidade de tomar a iniciativa. Sensível aos sentimentos dos demais a às atenções e interesses das pessoas que a rodeiam. A sua nova visão das coisas inclui uma capacidade de amadurecimento.


Âmbito escolar

Os 12 anos são de maior objectividade e amadurecimento, perspectivas mais amplas para as coisas. É entusiasta e impaciente, embora às vezes se mostre um tanto amorfa no pensamento e na acção. O seu maior e mais importante problema é o trabalho escolar. É comum a realização do diário íntimo e pessoal. Mostra-se mais reflexível perante os diferentes problemas e procura solucioná-los sozinha. É muito responsável na organização do seu tempo e no cuidado dos seus próprios objectos.
 Atitudes das pessoas implicadas na sua educação
Convém despertar-lhe o interesse com um estímulo suficiente, já que gosta de aprender. É a idade óptima para o uso de material gráfico, e meios audiovisuais, o que é um meio eficaz para a sua educação e formação. Convém dedicar tempo às actividades ao ar livre. Os pais hão-de manter elasticidade nas suas exigências (especialmente aos 10 anos); devem dar conta de que a criança desempenha melhor o trabalho, quando o realiza junto a um adulto compreensivo. As raparigas em geral, pelas suas características psicológicas, refugiam-se no seu mundo interior e requerem maior perspicácia e penetração por parte dos pais e educadores. As relações com os outros passam por diferentes etapas; daí que os mais velhos não devam intervir, já que resolvem as situações por si mesmas. Convém ter confiança nelas, para fomentar o sentido de responsabilidade. Dar-lhes oportunidade para desenvolverem actividades em grupo, e maior liberdade à medida que vão crescendo. Havemos de manter um clima de alegria, autoridade e respeito à sua volta, fomentar a sua originalidade. Nestas idades são sensíveis à informação social, o que não pode manter-nos alheados desta inquietação; devemos, sim, ajudá-los a organizar o seu pensamento. Fomentar o exercício de aptidões que gozam de aprovação social serve um duplo fim: fortalece o respeito e a confiança em si mesmo, importante na adolescência, e a protecção ante possíveis transtornos de tipo social (delinquência, etc.). Deve-se educar as crianças formando a sua personalidade para se enfrentar com o futuro e de modo que cheguem a ser o que devem ser, de forma consciente e madura.